Por Blog da Saúde -- Ministério da Saúde
A boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde de todo o organismo. Além de exercer papel fundamental na fala, mastigação e respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde.
Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários. É importante ressaltar que as doenças bucais podem apresentar doenças da boca têm relação direta com o fumo, o consumo de álcool e a má alimentação. Estudos científicos também comprovam que a saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar doenças bucais, que, por sua vez, podem levar a enfermidades (ou agravá-las), principalmente doenças cardiovasculares e diabetes.
Saiba um pouco mais sobre os problemas mais comuns na boca:
- Cárie: desintegração do dente provocada pela higiene inadequada, ingestão de doces e carboidratos ou, ainda, por complicações de outras doenças que diminuem a quantidade de saliva na boca. (Ex.: pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico para o câncer).
- Mau hálito: tem várias causas, dentre elas: higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental); gengivite; ingestão de certos alimentos como, alho ou cebola; tabaco e produtos alcoólicos; boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono); doenças sistêmicas como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.
- Gengivite: inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana, que se desenvolve decorrente de uma má higienização.
- Placa bacteriana: é o conjunto de bactérias que coloniza a cavidade bucal. A placa bacteriana fixa-se principalmente nas regiões de difícil limpeza, como a região entre a gengiva e os dentes ou a superfície dos dentes de trás, provocando cáries e formação de tártaro.
- Tártaro: é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes e está intimamente ligado ao desenvolvimento e agravamento de doenças periodontais.
CUIDADOS BUCAIS
Além da escovação e do uso do fio-dental diariamente, sempre após o término das refeições, a recomendação do Ministério da Saúde, é a visita regular ao dentista. Nicole Aimée defende que seja realizado uma avaliação diagnóstica rigorosa, e que profissionais desenvolvam ações de prevenção e promoção da saúde bucal com a população, orienta-se que a primeira consulta odontológica ocorra antes mesmo de nascer o primeiro dente no bebê, colaborando para uma acompanhamento seguindo por toda a vida. "Desde a primeira infância é importante fazer o trabalho de prevenção a doenças, especialmente contra a doença cárie. É importante também o dentista orientar sobre escovação com pasta de dente com flúor e a introdução de alimentos saudáveis, sem açúcar artificial, como balinhas, pirulitos, chicletes, sucos artificiais e refrigerantes. E depois na adolescência e fase adulta, continuar com orientações de como fazer a higienização adequada, quando há maior chance de ter doenças gengivais e periodontais".
Geralmente as pessoas procuram o profissional de saúde quando já estão sentindo alguma dor, mas ir ao dentista antes para uma avaliação e higienização dos dentes, por exemplo, evita o aparecimento de doenças. "Quando há ferimentos na boca que não cicatrizam é preciso procurar o dentista para analisar se pode ser um caso de câncer de boca, especialmente quando a pessoa fuma e/ou ingere bebidas alcóolicas, teve sexo oral desprotegido, que tem risco para a infecção pelo HPV, e/ou expõe-se excessivamente ao sol sem proteção adequada", atenta a consultora.
Outro problema frequente é a halitose ou mau hálito, como é comumente chamado. Pode ter várias causas, como má higienização oral, problemas gástricos entre outros. É essencial que a pessoa busque um profissional para conhecer a origem desse agravo. Enxaguantes bucais podem ser comumente utilizados para mascarar o odor, entretanto, essa medida normalmente não trata a causa, sendo somente uma ação paliativa.
Ressalta-se que o uso do enxaguante bucal, não deve ser feito sem orientação e conhecimento do seu dentista, já que nem sempre o produto pode resultar só em benefícios, além de muitas vezes dar a falsa sensação de limpeza, promovida pela sensação de refrescância. É importante lembrar que o correto uso da escova, pasta fluoretada e fio dental já são responsáveis por evitar alguns agravos bucais, sendo assim, os exaguantes são produtos suplementares e não necessariamente obrigatórios.
Por Blog da Saúde, Ministério da Saúde.